sábado, 22 de março de 2014

Momento Tangível

                        
                                

Estou começando a me ver como sou.
Como estou estruturado no verdadeiro ser que nasceu de minha mãe e pai.
Depois de tanto tempo de ter sido o personagem, e depois o outro e mais outro.........uma luz atravessou-os e me vi inteiro e pristino, da primeira vez sem mêdo, e com um pouquinho de amor de mim para mim, que se transformou em pedra bruta, a ser lapidada pelos meus pés e mãos guiados pelo eterno, no caminho que a cada passo vai construindo a forma que vibra do ínfimo dos ínfimos micros elementos que se misturam inteligentemente em expansão infinita e expontânea. 
Tão complicado parece esse ser "Eu", mas tão simples de saber andar , falar , escutar , ver , sentir ....................amar.
Que amar é se sentir todo único,  embora dual, tocando seu oposto dentro de si, e traduzindo se inteiro, mesmo consciente dessa dualidade criativa que se chama viver.
Não me perco mais , não me lamento de ter sido menos do que poderia, pois na verdade fui mais com tão pouca energia em harmonia com a minha essência.
Falo agora , não de mim, mas do que se expressa vindo de um ser misteriosamente ordenado por regras inexplicáveis e inquestionáveis no estágio em que me vejo lúcido, transparentemente luz e escuridão, transmutadas no crescer.
Sim, meu primeiro momento tangível.

Eduard Maldus



sábado, 15 de fevereiro de 2014

O Menino e o Menino

Dois meninos caminhavam pela mesma rua sendo que um vinha em direção ao outro sem se darem conta de que iriam subitamente , naturalmente se encontrar . 
Quando isto aconteceu , pararam um frente ao outro e se olharam dentro dos olhos .
Naquele momento houve um reconhecimento imediato de um sentimento nunca antes experimentado por ambos.
Ficaram por certo tempo parados sem dizer uma palavra , como se o fizessem iriam quebrar uma espécie de encanto .
Pensamentos de diversas formas fluiram em suas mentes e não diziam nada um  ao outro .
Todas as espécies de perguntas passaram por suas cabeças e assim mesmo nada perguntavam um ao outro .
Então o mundo começou a se afastar cada vez mais deles e até mesmo a rua deixou de existir como rua e se tornou um caminho e ao redor uma vasta floresta de grande beleza deu lugar aos prédios e os envolveu e um deles se perguntou : Será que ainda estou vivo ? e o outro tambem se perguntou à sua maneira de pensar : Estarei sonhando acordado ?
Um deles então perguntou ao outro :
Vamos falar e fazer só coisas que se harmonizem dentro da dualidade em que vivemos ?
E o outro respondeu : Sim , vamos .
Naquele momento cessaram as regras e os julgamentos.
Naquele momento existiu a ação expontanea e pura .
Naquele momento eles começaram a ser humanos e tudo ao seu redor começou a dançar .

Eduard Maldus







domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cercados por prédios e regras , por simplicidade e hierarquias , algumas pessoas perdem o seu senso daquilo que é correto e buscam em coisas ou outras pessoas as respostas que nunca encontrarão.
E é uma tarefa quase impossível traze las para o seu centro interior caso tenham já se aventurado pelos caminhos fáceis das ilusões .
Milhões de anos se passaram e perdemos o foco ou isso é a regra desde o princípio para termos motivos para a busca de realização em horizontes maiores ?
O horizonte sempre esteve ao nosso redor mas nossos "olhos" são desviados destas paisagens desde o primeiro momento .
Se foram muito atrofiados , esses horizontes se perdem e ficamos com o mundo dos homens e seus valores imaginários onde os verdadeiros homens tem que serem verdadeiros titãs para enfrentar e negar essas falácias. 
Temos como herança a historia de muitos desses homens e mulheres mas para que escolher exemplos tão elevados se podemos ser "homens e mulheres" aceitos e aplaudidos se simplesmente aprendemos a regra da mentira?
Hoje tenho a vontade de abraçar esse nosso belo planêta mas meus braços são pequenos demais para tal feito . São também distantes  demais para abraçar os  " grandes homens e mulheres" desse Baile de Máscaras pois sem a máscara dentro das suas regras , não somos ninguem.
Como abraçar ninguém ?
É o que fazemos todo dia até o anoitecer : abraçamos ninguém pois é ofensivo ou ináceitavel em certos círculos ou semi círculos. 
So a autenticidade abraça e chora de verdade , ri de verdade ..........pode dormir em paz de verdade.
Só ?

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Por que me chamas para esta viagem sem destino ?


Eu já escolhi meu destino e dele não abro mão .
Conheci Hades e cheguei às portas do Paraíso :
tornei me um indecifrável personagem para mim mesmo até que me encontrei dentro .....desconstruido e imaginário , exótico e gracioso....... mas sem rumo ....
...todos nós temos um destino e a sua hora do encontro de si proprio com o seu....... o espaço se abriu quando me vi inteiro e compreendi a parte mais essencial que é a ação em harmonia com esse traço de uma linha desenhada no branco da Vida.......muitos desconhecidos levaram uma parte de mim .... e eu fiquei com a parte menor ....admito que trouxe deles um perfume , mas onde busquei a Beleza encontrei muitas vezes vermes que me comiam por dentro e bebiam meu sangue, ainda puro vindo da fonte da Revelaçao do meu niche , onde então meu Criador interferiu , e fez do meu momento presente um novo caos mas agora a Consciência de mim mesmo e Dêle ......em Harmonia e Foco , onde antes era o breu sem rumos a escolher e transparente até me tornar meu oposto que é o Não Saber e o  Não Escolher antes do dar e do receber...
Tudo carrega sua mágica criativa dentro de si , e quando eu pensei que era o fim .............fez se um novo círculo ao meu redor e pude penetrar no Ventre do Tempo , e dele emergir intocado pelo inimigo que cheguei a amar mais que a mim mesmo em um paradoxo brutal de equívocos e agora de encontros construtivos .
A linha do Tempo se encontrou  , e se encontrando me refez em menino íntegro ,  que soube se achar no último degrau que faltava , e deu então esse passo firme na terra sólida e fértil e daí , tudo ao seu redor ruiu para sempre e , em sua mão direita foram postas as ferramentas do Bem e do Mal  e na sua mão esquerda as ferramentas da Sabedoria .

Eduard Maldus.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Quando a Vida se torna Realidade...

...como é verdadeiro o adagio que diz ...procurais um homem com uma lanterna acesa , durante o dia ?
Um homem verdadeiro certamente fez isto isto depois de uma longa busca ...pois todos os homens que havia encontrado até então estavam na escuridão do proprio dia porque a luz do dia não lhes iluminava o semblante nem a luz podia traduzir no claro escuro do dia o que formava um Homem. Louco , seria ? 
Melhor é a Loucura à Medocridade ...mas que espécie de loucura é essa que se apresenta mais Humana que os homens?
Os homens esqueceram a Humanidade ou a destruiram  nas infinidades das constantes guerras entre si ?
Mudaram o sentido exato e verdadeiro das palavras para poderem brincar com elas e assim manipularem o próximo mentindo a si mesmos.
Quero rasgar as roupas deste homem e ve lo desnudo, belo e pleno de luz . Para aplacar o clima das estações o verdadeiro  homem teria um proprio sistema de adaptação às suas circunstancias em sua beleza criada de uma semente em um Grande Vazio que comporta o Todo.
Ah....como é belo este Homem Desnudo de tudo que pudesse cobrir a mais pequena parte da sua Beleza...
Não quero falar em "se" nem em "mas" e mesmo em "ou"; quero apenas enxergar o Homem desnudo em sua plena Beleza fulgurante como o Sol que é Masculino pois tem Luz e Calor e se consome em chamas de Ouro de uma Alquemia pouco procurada mas que está com as mãos abertas para a entrega da Visão Real da Vida aos Verdadeiros Homens .
Compreendo agora minha Eterna Busca , encontro agora o Homem Desnudo que no mais escuro dos breus brillha como um Sol para aqueles que lá penetraram atráves de um feixo ínfimo de Luz que se fez em um menor momento de todos os momentos contados em alguma numerologia ,  escala ou ordem instituida onde nada é e nem será a realidade Pura do Homem Desnudo e Belo inserido em um Universo de caos que se criam por si proprios pois tem todos os elementos necessários e suas intuições criativas se revelam no percurso sem vias , sem guias , sem liberdades inventadas , sem luzes ensaiadas mas no íntimo Ser de sua Nudez exposta para si mesmo.
Eduard Maldus

sábado, 25 de janeiro de 2014

Reflexões em uma manhã de céu azul límpido

Acordei para essa manhã de céu de Brigadeiro .....azul .....sem  nuvens e neste azul projeto minha cristalina fé no sentido maior das coisas, de que pertencemos a essa essência maior do que nosso pequeno e insignificante ego.
Vejo com meus proprios olhos e não atráves de outros que possam ter visões distorcidas dessa grande verdade que é o universo onde vivemos como parte intrínseca e responsável pela sua evolução . Nossa contribuição será aquela que escolhermos fazer : negativa ou positiva . Temos a liberdade da escolha e as ferramentas para usar nessa tarefa. Isto nos foi dado desde que nascemos e cada um tem uma tarefa a realizar inevitavelmente em direção à  própria evolução pois qualquer que seja a nossa ação , servirá para a evolução nossa e do todo , tudo acontece segundo leis aparentemente caóticas e contraditorias mas está além da compreensão do nosso pequeno raciocínio e mesmo do nosso emocional que só pode intuir.
Então o minimo que podemos fazer é sermos verdadeiros para com nós mesmos e agirmos em direção à nossa felicidade e bem estar , o que é uma meta universal em todos os setôres desse minusculo momento chamado vida com suas minusculas alegrias e dores se comparadas às gigantescas ações da natureza maior que acontecem ao nosso redor todo o tempo.É sábio aprender com a natureza e o homem alcançou um estágio no qual ainda tem muito o que aprender até com os animais irracionais que agem com mais pureza e sabem se defender melhor do  que o  proprio homem que usa as armas que inventou contra si proprios ou seus semelhantes , sem falar contra os reinos inferiores dos quais se julga superior mas acaba sendo apenas um predador. 
As pedras , as plantas , os animais estão contribuindo mais para a evolução do nosso planeta do que nós mesmos que os usamos errôneamente para fins egóistas fora da esfera do equilibrio natural , covardemente se envolvendo na sua evolução natural e harmoniosa.
Mas resta ainda algo para dizer nesta manhã de sol e céu límpido : o homem é um ser belo pleno de dons herdados , com a condição intrinseca de  poder apreciar o belo e  usufrui lo  para sua felicidade e contribuição maior em todos os setôres . Só temos que procurar aquilo que é melhor para nós mesmos em harmonia com as leis que nos regem e dai estaremos dando a maior contribuição para o nosso crescimento e para a evolução do proprio universo cujas leis não tem relação com as leis instituidas pelo sêr humano durante muitas eras de enganos e acertos .

Eduard Maldus

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Grande Maestro do Universo

...o Maestro tomou seu posto frente a orquestra , houve um silencio susurrante e a musica começou ... olhei para quem estava sentado do meu lado e vi um Príncipe que suspirava os sons e as emoçoes que fluiam na sala de concerto ...
...inútil tentar falar naquele momento mas disse algo fugaz quando a musica terminou e os aplausos permitiam tal comportamento. Estatuesco como se fosse feito de mármore e luz , sorriu e respondeu algo inaudível...
Parecia estar e não estar ali.....ouvíamos mas os sons não chegavam a nós como aos outros pois nos envolveu , sómente  a nós dois em uma nuvem sonora que só nós podíamos escutar e compreender...o publico desapareceu , o Maestro levitou e a orquestra não parou de tocar mas era uma musica que só nós dois escutávamos ........que durava aquele sempre que já conhecíamos de outros momentos vividos em outros tempos. 
A música nos uniu durante um interminável ciclo de eras e lugares que háviamos estado antes .
Não foi preciso dizer nada quando o concerto acabou e tudo começou a aparecer novamente como no antes. Saímos do teatro juntos , interrompidos aqui ou ali por certezas do momento mas que eram tão incertas se comparadas à nossa perfeita união de séculos e séculos de magia e harmonia pura.
Entramos em um bosque e enquanto fizemos nosso ritual da solução perfeita ,um Fauno tocou na sua flauta a " Canção da
 Essência Natural".
Em determinado momento quando as horas já tinham deixado de existir e a única distancia era o Tempo , tivemos que largar as mãos que já estavam unidas no Sempre.
E o Sempre nos quer aproximar no Tempo Natural e Universal e nos permitir finalmente depois de séculos de equívocos , viver o nosso Grande e Belo Destino .

Eduard Maldus